Finalmente! Temos tido muito atrasos mas damos finalmente por terminadas as Reviews de 2010. Pedimos desde já as nossas desculpas mas apelamos também à vossa compreensão - nem sempre temos o tempo necessário para total dedicação ao blog.Em baixos ficam as frases que marcam as reviews dos melhores álbuns de 2010 para a equipa do Ruído Alternativo:
- Tiago Guillul - V por CM - "2010 é o ano de Guillul. Para além de V, o músico conseguiu colher os frutos de mais de 10 anos ligado à música. V é uma fusão feliz de muitos géneros: rock, electrónica, folk, punk e muito mais. (...) Mostra que também com a língua portuguesa se faz boa música e é um raro exemplo de simplicidade e de desapego ao sucesso musical. Faz falta gente e música assim.";
- Mão Morta - Pesadelo Em Peluche por AB - "É impressionante como metaleiros, alternativos, malta do industrial e até do jazz se unem à volta dos Mão Morta, uma banda que parece estar acima de qualquer rótulo"; CM - "...rock sem espinhas nem artifícios mas com a identidade de sempre dos Mão Morta - as letras continuam com a mesma acutilância e Adolfo Luxúria Canibal igual a si mesmo.";
- Feromona - Desoliúde por AB - "Ao ouvir Desoliúde facilmente depreendemos que está ali um conjunto de músicas que podem agradar (e muito) a um público mais alternativo apreciador do som de Seattle, mas por outro lado também tem músicas com bastante potencial comercial"; CM - "Se em 2008 ofereceram Uma Vida A Direito, em 2010 os Feromona oferecem boa e talentosa música. Destaque-se a boa disposição, carisma e a voz de Diego Armés. Se muitas comparações já foram feitas - Ornatos Violeta à cabeça - e muitas esperanças foram lançadas, parece que o caminho e o sucesso, passo a passo, parecem mostrar tais previsões. O talento do quarteto parece ser quanto baste para isso. E a mediatização vai dando os seus frutos.";
- Os Pontos Negros - Pequeno-Almoço Continental por CM - "Continuam com o ouvido atento ao sucesso ("Rei Bã", "Sub-Zero" "Duro De Ouvido") e procuram outras saídas para o seu indie pop rock ("Morre A Canção") - de louvar. (...) Cresceram, sabem o que fazem e não desiludem.";
- Blind Zero - Luna Park por CM - "... os Blind Zero não são um espelho de si mesmos, não repetem fórmulas (...) há que saber aplaudir quando a fórmula é a mesma e o resultado é bom e quando a fórmula é mudada e o resultado é fantástico, e este é um caso disso mesmo.";
- Peixe : Avião - Madrugada por CM; - "Neste segundo registo os Peixe : Avião bebem algum post-punk da ressaca da primeira década deste século e criam hinos instantâneos (...) Exímio trabalho de um grupo de músicos com gosto naquilo que fazem Madrugada é um dos discos de 2010, indispensável para compreender a modernidade da música portuguesa neste novo século.";
- Indignu - Fetus In Fetu por AB - "Não é possível ficar indiferente ao primeiro longa-duração, mesmo para aqueles que, como eu, o acharam terrivelmente difícil de entrar no ouvido à primeira audição"; CM - "Discreta, mas suficientemente boa para chegar a muitos bons ouvidos e listas, Fetus In Fetu é claramente um embrião do que se pode vir a tornar-se em algo grande. O post-rock é rei aqui, o shoegaze paira no ar, o punk corre na guitarra e o minimalismo e o ambiental são a procura.";
- Linda Martini - Casa Ocupada por AB - "se os Linda Martini continuarem por alguns anos neste nível vão ser uma das maiores bandas rock nacionais. Se acabarem amanhã, passarão a ser o maior mito da música portuguesa"; CM - "Ao segundo álbum de estúdio os Linda Martini confirmaram, de vez, que são um dos novos grandes nomes da música portuguesa. Sucesso, elogios e força é o que não lhes falta, agora é esperar para o que vem aí a seguir - e a fasquia está alta. Há quem chame a isto fado noise e em boa-hora foi dito.";
- The Poppers - Up With Lust por CM - "Apresentam aqui um álbum actual, cheio de referências intemporais, de fazer inveja a muitos indie-rockers que por aí navegam em top britânicos.";
- Bunnyranch - If You Missed The Last Train... por AB - "If You Missed The Last Train é o regresso ao registo que os velhos fãs de Bunnyranch já conhecem contem alguns grandes temas que nos remetem aos tempos de Luna Dance"; CM - "...os Bunnyranch continuam em boa forma, é de louvar músicas tão simplesmente bem feitas, à medida do garage rock dos anos 80 e do rock tão demarcado como é o de Coimbra.";
- Drill - Free Ride por AB - "Está em Free Ride um bom exemplo do que se pode fazer quando, mesmo com poucos meios, a vontade de fazer música supera tudo o resto";
- Black Bombaim - Saturdays And Space Travels por AB - "O ambiente psicadélico de Saturdays And Space Travels faz-nos ficar a salivar pelo seu sucessor.";
- Uaninauei - Lume De Chão por AB - "Da próxima vez que ouvirem falar dos Uaninauei já sabem que se trata do melhor "rock português de Portugal"";
- Mosh - Bastard por AB - "Instrumentalmente muito bem trabalhado pelos Mosh, Bastard contém alguns dos riffs mais entusiasmantes que ouvi nos últimos tempos";
- Devil In Me - The End por AB - "Músicas como "The End", "Right My Wrongs" e "Doomsday" demonstram uma maturidade que, muitas vezes, é difícil de encontrar nas bandas de punk";
- Swans - My Father Will Guide Me Up A Rope To The Sky por AB - "My Father Will Guide Me Up A Rope To The Sky é a habitual esquizofrenia sonora com à qual os Swans ficaram para sempre associados: ora o ambiente é calmo e relaxante, ora é a total convergência de todos os ruídos que o ser-humano julga existir"; CM - "...oito gigantes músicas, recomendado a todos os que querem ser surpreendidos a cada quatro tempos. É garantido. O universo da imprensa musical, em uníssono, também o recomenda.";
- The National - High Violet por CM - "A consistência é palavra maior em High Violet que apesar de mostrar uns The National taciturnos, como já é apanágio da banda, sempre mostram-se capazes de encontrar um brilho e esperança ao fundo de cada canção.";
- Black Francis - NonStopErotik por AB - "É a formula básica do rock: um riff orelhudo, um refrão que entra na cabeça e um solo (se se justificar)"; CM - "...ele não deixa de ser um dos génios do rock alternativo e um dos dicionários rock a consultar. ";
- Surfer Blood - Astro Coast por CM - "A banda foi perspicaz o suficiente, se calhar ingenuamente, para juntar num só disco todas as tendências e mais algumas da primeira década do século: indie, rock, surf rock, pop, dream pop, tentativa de tribalismo, limpeza de guitarras, distorção q.b., tom épico... um mão cheia de valores seguros que tornam os Surfer Blood num pequeno resumo da década...";
- Deerhunter - Halcyon Digest por CM - "Apesar da simplicidade aparente o conteúdo é invejável. Uma obra-prima, para quem os acompanha há muito, os Deerhunter apresentam aqui um regresso às décadas de 60 e 70...";
- No Age - Everything In Between por CM - "Se em Nouns a dispersão da sua música era onde estava a beleza e o encanto dos No Age, com Everythin In Between uma clara tentativa de reunir as ideias, de as aclarar e a convergência das músicas tornam-se no seu novo encanto.";
- Grinderman - Grinderman 2 por AB - "Podemos sentir, a cada momento, a agressividade do som de Nick Cave e companhia: mudanças constantes de ritmo, guitarras em distorção, bateria em fúria e gritaria quanto baste"; CM - "Com este disco Cave apela e chama para perto de si todo um novo público - que se espera mais jovem - e provado fica que o rock, e até mesmo o punk, não são só para peles novatas com borbulhas desconcertantes. Os cinquentões de barba ou de bigode, com algumas barrigas proeminentes e que pintam o cabelo também vivem e podem ter esse espírito.";
- The Black Keys - Brothers por AB - "Se este sucesso tiver uma boa continuidade estão abertas as portas da globalização do rock ora negro, ora romântico, ora depressivo dos Black Keys. E repare-se que a banda não teve de abdicar ou adaptar a sua sonoridade para o conseguir (ouviram Muse e Kings Of Leon?)"; CM - "A fórmula é simples e repetida ao logo do álbum, riffs hipnotizantes q. b., espaço para experimentalismo nas teclas q. b., bateria pujante e de ritmo certeiro, voz ora abrasadora ou delico-doce e bom-humor borrado em tons de negro. Uma hora bem passada sem darmos pelo passar da mesma.";
- The Black Angels - Phosphene Dream por CM - "Têm mais estilo, mais groove e mais alguma luz à sua volta, o que não lhes assenta nada mal. É um passo em frente, um passo à variedade e à diferença, pouco conhecida nos registo anteriores dos The Black Angels.";
- Black Rebel Motorcycle Club - Beat The Devil's Tattoo por AB - "Pela minha minha parte, peço desculpa pelo facto dos Black Rebel Motorcycle Club ainda conseguirem por meu o pé a bater ou a minha cabeça a abanar"; CM - "Eles são bons é nisto: no rock sujo que teima em assentar que quando o faz não se deixa levar pelo vento de qualquer maneira. É bom ter-vos de volta os velhos B.R.M.C.";
- Anathema - We're Here Because We're Here por AB - "Os que ainda pensam que o rock «é só música maluca» deviam ouvir este disco umas 200 vezes (...) para começarem a entender porque a «música guedelhuda» é, também ela, arte";
- The Dillinger Escape Plan - Option Paralysis por AB - "Este disco e, já agora, a carreira dos The Dillinger Escape Plan, continua a escrever uma história paralela e, por enquanto, secundária à história do rock";
- Cathedral - The Guessing Game por AB - "Há obras que só são verdadeiramente apreciadas e reconhecidas muitos anos depois do seus lançamento, esta é apenas mais um caso";
- Kylesa - Spiral Shadow por AB - "Apesar do período próspero que o sludge atravessa ter os dias contados, como tudo na música, os Kylesa são uma certeza do futuro, uma das bandas que daqui a 20 anos ainda serão lembradas pelos estudioso da música";
- Heathen - The Evolution Of Chaos por AB - "The Evolution Of Chaos dos Heathen e The Formation Of Damnation dos Testament são os melhores álbuns de thrash metal em muito tempo. São também o resultado de uma liberdade que os nomes grandes do movimento não gozam: a liberdade para inovar";
- I Am Kloot - Sky At Night por CM - "Aqui tudo tem de ser digerido com a calma de antigamente e não abordado como música do "mastiga e deita fora". Um culto e um segredo prontos a serem descobertos e que devem ser ouvidos com alma.";
- Field Music - Field Music (Measure) por CM - "Um CD duplo muito diferenciado mas não disperso e fora dos parâmetros normais que um duplo CD nos oferece - em que mais música pode ser significado de altos e baixos -, é obra.";
- Drive-By Truckers - The Big To-Do por CM - "Se de reinvenções estamos à espera, saímos deste disco desiludidos. Mas se esperarmos daqui mais um grande disco de rock, saímos daqui cheios e satisfeitos. The Big To-Do é mais um álbum da marca DBT, vincada naquele rótulo de puro rock da América, onde vivem e respiram bem.";
- Tom Petty And The Heartbreakers - Mojo por CM - "Este é o disco de regresso à boa forma de Petty e dos Heartbreakers, que nos últimos tempos pareciam meio perdidos nas suas crises de meia ou maior idade. Um bonito presente a uma carreira consolidada lá para lados das Américas que nos deixa a sensação de dever cumprido.";
- Neil Young - Le Noise por CM - "Ruidoso, distorcido, experimental, cativante e peculiar, é este o universo de Le Noise que afasta-nos por momentos do universo convencional de Neil Young mas que nos abraça aos poucos e poucos, à medida que o disco chega ao fim.";
- The Dead Weather - Sea Of Cowards por CM - "Há quem apelide este disco de superior há estreia e entenda-se, por bem, que assim o é. (...) A banda despiu-se de preconceitos e numa aparente jam session agarra-se às guitarras, à distorção, à sujidade e a tudo o que lhe é inerente: ambientes negros, instintos primários, elementos crus, à explosão, ao barulho e transforma tudo isso num álbum mais coeso, por impossível que seja.";
- The Brian Jonestown Massacre - Who Killed Sgt. Pepper? por CM - "A tentativa que chamar novamente ao mundo da música o 'proto-prog' Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles é óbvia - lê-se no título. A banda tenta colocar num disco só a música do mundo! O resultado é conseguido dentro da medida da banda...";
- The Besnard Lakes - The Besnard Lakes Are The Roaring Night por CM - "À terceira tentativa os canadianos The Besnard Lakes continuam a mostrar que são uma das propostas mais deliciosas da actualidade.";
- Wavves - King Of The Beach por CM - "...está aqui um dos novos senhores, opinion makers e coqueluches da indie de hoje. Atitude punk no indie não lhe falta e passa por aqui.";
- Titus Andronicus - The Monitor por CM - "Sendo um disco com tons conceptuais de uma banda de punk (!) os Titus Andronicus arriscam (...) O resultado deste possível suicídio punk é a aclamação...";
- Ted Leo And The Pharmacists - The Brutalist Bricks por CM - "A banda não muda a fórmula apenas a aperfeiçoa desde 1999 e aqui está o melhor disco da banda...";
- Spoon - Transference por CM - "Os Spoon continuam iguais a si próprios mas no entanto decidem aqui revelar a sua outra face pós-sucesso indie. Não é o lado b de Ga Ga Ga Ga Ga mas sim um lado mais introvertido, tão bom quanto a primeira que todos lhes conhecemos.";
- Superchunk - Majesty Shredding por CM - "Majesty Shredding é a prova que o punk não é só para putos e os Superchunk são os definitivamente os reis do [pop/power] punk. Confiança não lhes falta - como é óbvio - e eles já fazem isto há tempo suficiente para saberem como o fazer bem.";
- Broken Social Scene - Forgiveness Rock Record por CM - "Forgiveness Rock Record vive essencialmente de pequenos grande prazeres (...) esta é uma das bandas por onde irá passar o novo indie desta década - se não for, andam lá perto.";
- The Drums - The Drums por CM - "... a banda mais viciante e contagiosa de 2010. (...) Considerados um dos mais prováveis hypes de 2010, parecem ter-se safado e continuam na senda de êxitos contagiosos.";
- Alter Bridge - AB III por AB - "(...) AB III não é Blackbird, esse sim, o canto de cisne dos Alter Bridge, mas não deixa de ser um grande disco de rock. Daqui vão saltar, directamente para cima do palco, mais uns 7/8 temas";
- Blood Red Shoes - Fire Like This por AB - "O som dos Blood Red Shoes não sofre deste minimalismo excessivo, em grande parte devido ao seu som suficientemente musculado";
- Crippled Black Phoenix - I, Vigilante por AB - "I, Vigilante é, até agora, o canto de cisne de uma banda de rock progressivo britânica que não se envergonha dos pioneiros do género (como muitos se envergonharam) e faz-lhes neste trabalho a devida homenagem";
- Brant Bjork - Gods & Goddesses por AB - "Ao longo de God & Goddesses vamos escutando apontamentos que poderiam constar da obra de uns Velvet Undergroud, Thin Lizzy, Led Zeppelin ou Jimi Hendrix. Sim, pois as guitarras deste álbum vivem e respiram Hendrix.";
- Black Country Communion - Black Country por AB - "Querem uma razão para ouvir o álbum de estreia dos Black Country Communion? Eu dou-vos quatro: Glenn Hughes, Joe Bonamassa, Jason Bonham e Derek Sherinan";
- Black Mountain - Wilderness Heart por AB - "Nos Black Mountain quase todos os temas deste álbum são cantados em dueto, mas encontramos uma voz feminina. E ainda dizem que o rock é só para homens";
- Melvins - The Bride Screamed Murder por AB - "Não nos importamos que lancem um álbum por ano, queremos é que todo o trabalho criativo da banda nos chegue aos ouvidos. O rock and roll agradece";
- Karma To Burn - Appalachian Incantation por AB - "Em Appalachian Incantation somos confrontados com um ambiente ainda mais psicadélico do que aquele que encontrávamos nos seus antecessores";
- Monster Magnet - Mastermind por AB - "Aqui o pé está tanto tempo no pedal do acelerador como no pedal de distorção";
- Electric Wizard - Black Masses por AB - "(...) quem pensava que os melhores anos dos Electric Wizard tinham ficado lá atrás, enganou-se redondamente";
- High On Fire - Snakes For The Divine por AB - "Os músicos tecnicamente evoluídos dão o sumo que falta ao sludge seco praticado pelos High On Fire";
- Danzig - Deth Red Sabaoth por AB - "O resultado de tamanha junção de referências do passado resultou num dos discos mais consistentes da carreira da banda. Agora os Danzig são uma banda de rock n' roll";
- Fear Factory - Mechanize por AB - "As influências de groove e death metal até podem estar presentes, mas têm sempre o objectivo final de colocar o ouvinte num ambiente fabril";
- Blaze Bayley - Promise And Terror por AB - "É um disco que nunca perde o sentido real e actual, mesmo quando entramos no campo metafórico";
- Nevermore - The Obsidian Conspiracy por AB - "O apego à técnica pura e dura talvez faça este disco sofrer de alguma falta de criatividade, mas no final de contas The Obsidian Conspiracy é um regalo para os ouvidos";
A não perder a selecção dos melhores de 2011 para o Ruído Alternativo brevemente!
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