segunda-feira, fevereiro 13, 2012

A Análise: Blaze Bayley - "Promise And Terror"

Blaze Bayley ficou conhecido pela sua passagem por uma das maiores instituições do heavy-metal mundial, mas também pela sua enorme voz e pela sua técnica vocal exímia. O vocalista encontrou, finalmente, uma banda ao nível da sua voz (não estou a dizer que os Iron Maiden não o foram) e traz-nos um Promise And Terror soberbo em todos os aspectos.
A maioria dos fãs ocasionais dos Iron Maiden recorda o que a banda fez entre 1982 e 1992, mas há um grande número de apreciadores da fase punk de Paul Di'Anno e um número ainda maior de interessados na fase mais prog da banda. Esta fase que dura até aos dias de hoje tem origem nos dois discos que Blaze gravou com a banda (The X Factor e Virtual XI). Não é por acaso que Dickinson é o vocalista mais apreciado e completo que já passou pela banda: acaba por ser um intermédio entre o punk Di'Anno e o técnico Blaze.
O regresso de Bruce Dickinson aos Maiden e a consequente saída de Blaze Bayey acabou por ser um bom negócio para as duas partes. A partir daí Blaze pôde dar asas à sua criatividade sem qualquer tipo de pressão para vender discos ou fazer digressões à escala planetária. Esta falta de pressão nota-se em Promise And Terror, que para além do sucesso comercial (foi o terceiro álbum com maior número de pré-encomendas em 2010 no Reino Unido) não é menos que uma obra-prima do heavy-metal moderno.
O álbum arranca rápido e agressivo com os temas "Watching The Night Sky" e "Madness And Sorrow", mas depressa somos direccionados para temas mais épicos e menos directos. Em Promise And Terror encontramos heavy metal épico, sem cair, no entanto, no ridículo e nos clichés de "a espada, o dragão, o castelo e a dama". É um disco que nunca perde o sentido real e actual, mesmo quando entramos no campo metafórico.
Blaze Bayley prepara novo disco para este ano. Sabemos que será difícil bater o sucesso comercial e crítico deste Promise And Terror. Mas quando se tem o talento e a determinação de Blaze, o céu é o limite.
André Beda

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