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Mastermind, sonoramente, está a rebentar pelas costuras. É daqueles álbuns onde não cabe mais nada, tal é a densidade e dimensão da componente instrumental dos Monster Magnet. Outra coisa não seria de esperar de um disco de uma banda que leva a técnica tão a sério desde o seu início de carreira. Aqui o pé está tanto tempo no pedal do acelerador como no pedal de distorção (pedal wah-wah, para os críticos de Kirk Hammett).
O equilíbrio entre brutalidade (perdoem-me, mas não há outra palavra que possa utilizar) é uma constante em Mastermind. Mas o peso não é apenas sonoro, como alguns continuam a pensar, mas também lírico. Se o tema "The Titan Who Cried Like A Baby" não é das coisas mais pesadas que o rock and roll já ouviu, tenho de rever o conceito. Ao tom já de si apocalíptico da voz e teclados, juntamos ainda versos como "you tap your confession on a cold, dead phone and you realize that God's a liar". Juntem a este disco o som quente do southern-rock, presente em temas como "Mastermind", e têm a receita para mais um grande álbum dos Monter Magnet.
Podem já não ser novidade para muita gente depois de uma carreira que conta com oito álbuns, mas no que toca a qualidade continuam bem no topo. No final de contas, Mastermind é mais um excelente cartão de visita para a carreira dos Monster Magnet.
André Beda
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