Do Texas (E.U.A.) saiu no ano passado o sétimo disco dos Spoon, uma das bandas do 'novo' indie rock que passeia na liga dos maiores há tempo suficiente para saber o que quer. Transference é o título deste disco que mostra uns Spoon mais sábios e cientes da fórmula que conquistou um público maior em Ga Ga Ga Ga Ga de 2007; daí tudo o que vem a seguir.
A banda começa este registo com o calmante "Before Destruction" - um corte com o imediatismo que os caracterizou antes -, depois percorre caminhos mais áridos com "Is Love Forever?" até à meio-sombria "The Mystery Zone" de riff pegadiço - que será a que melhor mostra de que é feito este álbum.O disco é composto pelos diferentes estados do amor e uma sensação de afastamento ao mainstream que a banda parece sempre desejar. Querem ser indies e assim o são porque não querem as luzes focadas em sim próprios. No entanto a pop e o rock latentes neste disco da banda são suficientes para continuar a dizer que ainda são contagiantes. Fazem músicas de tom mainstream mas querem ser indies a todo o custo. Porém não precisavam do esforço porque já o são há mais de década e meia. O som dos Spoon há muito que é seu, no entanto não se deve confundir o seu próprio som só com o apresentado em Ga Ga Ga Ga Ga, pois quem procura a segunda parte do antecessor sai daqui desiludido.Os Spoon continuam iguais a si próprios mas no entanto decidem aqui revelar a sua outra face pós-sucesso indie. Não é o lado b de Ga Ga Ga Ga Ga mas sim um lado mais introvertido, tão bom quanto a primeira que todos lhes conhecemos. As cordas, os pianos e as guitarras contagiantes continuam, só muda a atitude: a banda não quer ceder a jogos comerciais e dá-nos a 'comer' um prato caro mas só que menos conhecido. Não há hypes aqui, só música descomprometida, na essência de um indie rocker: "I Saw The Light", "Out Go The Light" ou "Nobody Gets Me But You". Só "Written In Reverse" e "Got Nuffin" é que irão satisfazer quem só queira viver do disco que os tornou famosos. E verdade seja dita, não queremos uns Spoon no mesmo trilho dos Kings Of Leon, onde gastam todo o seu talento em querer fazer dinheiro só porque um dia descobriram a porta certa. Bem-ditos sejam.
Carlos Montês
A banda começa este registo com o calmante "Before Destruction" - um corte com o imediatismo que os caracterizou antes -, depois percorre caminhos mais áridos com "Is Love Forever?" até à meio-sombria "The Mystery Zone" de riff pegadiço - que será a que melhor mostra de que é feito este álbum.O disco é composto pelos diferentes estados do amor e uma sensação de afastamento ao mainstream que a banda parece sempre desejar. Querem ser indies e assim o são porque não querem as luzes focadas em sim próprios. No entanto a pop e o rock latentes neste disco da banda são suficientes para continuar a dizer que ainda são contagiantes. Fazem músicas de tom mainstream mas querem ser indies a todo o custo. Porém não precisavam do esforço porque já o são há mais de década e meia. O som dos Spoon há muito que é seu, no entanto não se deve confundir o seu próprio som só com o apresentado em Ga Ga Ga Ga Ga, pois quem procura a segunda parte do antecessor sai daqui desiludido.Os Spoon continuam iguais a si próprios mas no entanto decidem aqui revelar a sua outra face pós-sucesso indie. Não é o lado b de Ga Ga Ga Ga Ga mas sim um lado mais introvertido, tão bom quanto a primeira que todos lhes conhecemos. As cordas, os pianos e as guitarras contagiantes continuam, só muda a atitude: a banda não quer ceder a jogos comerciais e dá-nos a 'comer' um prato caro mas só que menos conhecido. Não há hypes aqui, só música descomprometida, na essência de um indie rocker: "I Saw The Light", "Out Go The Light" ou "Nobody Gets Me But You". Só "Written In Reverse" e "Got Nuffin" é que irão satisfazer quem só queira viver do disco que os tornou famosos. E verdade seja dita, não queremos uns Spoon no mesmo trilho dos Kings Of Leon, onde gastam todo o seu talento em querer fazer dinheiro só porque um dia descobriram a porta certa. Bem-ditos sejam.
Carlos Montês
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