Brant Bjork, o homem, dispensa apresentações. De qualquer forma recordo que se trata do baterista da cena de Palm Desert fundador dos Kyuss e que também passou pelos Fu Manchu. A sua carreira a solo iniciada em 1999 é que necessitaria de uma maior introdução, pois nem eu a conhecia antes deste Gods & Goddesses - o tónico que precisava para me atirar de cabeça à discografia do homem.
Poderíamos falar aqui das mais óbvias referências que Bjork carrega desde que começou a fazer música e que podem ser escutadas em momentos como "The Future Rock (We Got It)". No entanto, vamos levar este texto para onde Brant Bjork levou Gods & Goddesses: o blues. Nele entramos numa calma viagem pelo mundo das influências mais primárias do músico. É assim que o disco começa, com "Dirty Bird", e é essa a sua base. Isto apesar de nele estarem contidas as guitarras musculadas e solos com efeitos de sempre.
Ao longo de God & Goddesses vamos escutando apontamentos que poderiam constar da obra de uns Velvet Undergroud, Thin Lizzy, Led Zeppelin ou Jimi Hendrix. Sim, pois as guitarras deste álbum vivem e respiram Hendrix. Eu sei, trata-se de uma bela mistura e de um bom exemplo de como é possível ir buscar influências ao passado sem que o resultado seja medíocre. Na verdade, no rock, pouco mais se pode fazer do que olhar para trás e reciclar.
André Beda
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