quarta-feira, dezembro 28, 2011

A Análise: Black Country Communion - "Black Country"

Querem uma razão para ouvir o álbum de estreia dos Black Country Communion? Eu dou-vos quatro: Glenn Hughes, Joe Bonamassa, Jason Bonham e Derek Sherinan. Eis uma forma cliché de começar uma crítica a um álbum de um super-grupo que, por obra do acaso ou não, até ficou bastante bom. Se não conhecem os senhores deveriam conhecer: Glenn Hughes, eternamente ligado aos Deep Purple, como baixista, e que aos 60 anos continua com um poder vocal enorme; Joe Bonamassa guitarrista de blues com 34 anos e que conta com uma carreira a solo iniciada em 2000; Jason Bonham, filho do baterista John Bonham (Led Zeppelin), condenado desde cedo a viver na sombra do pai, mas que ainda assim é um bom baterista; Derek Sheninan, teclista que tem no seu currículo bandas como Dream Theater e colaborações em álbuns de Alice Cooper e Billy Idol.
Apresentações concluídas, vamos ao que interessa: Black Country, o álbum. Com tanto talento junto, o que poderia correr mal? A verdade é que tudo podia correr mal, uma vez que a tradição nos diz que os super-grupos raramente dão certo. Falta de química talvez. Não estando a salvo de os Black Country Communion encerrarem actividades amanhã, não me parece que seja o caso. Na altura que escrevo estas linhas os Black Country Communion já lançaram o segundo álbum de originais e aproveito para adiantar que dificilmente seria uma melhor sequela deste Black Country. Estes tipos não estão a fazer um frete ao fazerem música juntos. Eles gostam do que fazem e gostam de o fazer juntos.
O resultado desta colaboração foi um disco de estreia de hard-rock há moda antiga, com o pé no acelerador e que ainda contempla orquestrações. Os momentos mais épicos do álbum são tomados pela voz de Joe Bonamassa e o facto de músicas serem cantadas em dueto ou à vez por ele e Hughes dá uma interessante dinâmica ao disco. Venham mais assim!
André Beda

Sem comentários:

Enviar um comentário