segunda-feira, dezembro 26, 2011

A Análise: Superchunk - "Majesty Shredding"

Desconhecidos para a maioria, os Superchunk dão em 2010 um novo salto para a ribalta e para a visibilidade internacional. O disco que lhes dá acesso a esta porta é Majesty Shredding, com uma Pitchfork a fazer mais força do que outras entidades musicais. Resultado: uma re-proposta de boa música rock sempre em tons punk.
Vindos da Carolina do Norte (E.U.A.), a carreira dos Superchunk já data de 1989 (!), espante-se. Apologistas do "faz tu mesmo" (ou não cheirassem a punk por todos os lados), a banda fez um pequeno brilharete com o seu nono disco - espante-se novamente. Certo e sabido é que os Superchunk já são uma banda lendária no outro lado do oceano, no entanto cá para estes lados tão cedo ninguém se lembra de ouvir o seu nome. Um dos truques para tudo isto foi a espera: nove anos passaram desde o seu último longa-duração - Here's To Shutting Up de 2001.
Após um silêncio de nove anos, a banda juntou à expectativa em torno do novo disco o feito de ser um dos melhores do ano. E para além da saudade, a banda, em Majesty Shredding, continua a parecer mais uma banda acabada de sair da garagem do que uma banda com mais de 20 anos de carreira. Juventude e alegria no disco são coisas que não faltam: "My Gap Feels Weird", "Crossed Wires", "Learned To Surf" e "Rope Light"; mas juntar a estas peças adolescentes uma cola com mais de 20 anos de experiência só com os Superchunk: "Digging For Something", "Rosemarie", "Slow Drip", "Winter Games", "Hot Tubes" e "Everything At Once". Majesty Shredding é a prova que o punk não é só para putos e os Superchunk são os definitivamente os reis do [pop/power] punk. Confiança não lhes falta - como é óbvio - e eles já fazem isto há tempo suficiente para saberem como o fazer bem.
Carlos Montês

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