Os vanguardistas The Dillinger Escape Plan regressaram aos discos em 2010 para nos oferecer um dos melhores álbuns da sua carreira (o tempo encarregar-se-à de nos dizer se o melhor ou não). A história desta banda confunde-se com a história do mathcore - um parente mais ou menos distante do metalcore, que tem como principal característica a sua complexa secção rítmica. Para terem uma ideia, o que temos de mais parecido com o mathcore dentro de fronteiras são os If Lucy Fell. Option Paralysis é mais um dicionário de ritmos insano à disposição de qualquer baterista que pretenda testar os seus limites.
Neste disco, o mais parecido que temos com um single radiofónico é "Gold Teeth On A Boom". Acredito que num mercado radiofónico maior como os Estados Unidos haja alguma rádio temática que pudesse passar este single. Em Portugal, até nos programas de autor teríamos dificuldade em ouvi-lo. É uma sonoridade bastante diferente do que estamos habituados, até mesmo nos géneros de metal mais extremo. É certo que temos por cá os If Lucy Fell, mas o seu público não é o mesmo que ouve regularmente The Dillinger Escape Plan e há um oceano, literal e metafórico, que separa as duas bandas.
Volto a Option Paralysis, para a apreciação final: o colectivo de Greg Puciato continua pouco interessado em seguir qualquer tipo de modas, não sendo de prever que os Dillinger Escape Plan comecem a praticar um metalcore mais próximo do tradicional - que até está bastante na moda, por estes tempos. Este disco e, já agora, a carreira dos The Dillinger Escape Plan, continua a escrever uma história paralela e, por enquanto, secundária à história do rock. - como temas com "Farewell Mona Lisa" a serem porta-estandartes de um movimento ou ideia. Por aqui, gostamos disso.
André Beda
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