Três anos depois, a banda mais psicadélica do stoner-rock americano está de volta. Mastermind é o álbum que se segue na discografia de uma das poucas bandas do início dos anos 90 desse movimento que, nalgum momento, não fez uma pausa ou encerrou actividades.
Mastermind, sonoramente, está a rebentar pelas costuras. É daqueles álbuns onde não cabe mais nada, tal é a densidade e dimensão da componente instrumental dos Monster Magnet. Outra coisa não seria de esperar de um disco de uma banda que leva a técnica tão a sério desde o seu início de carreira. Aqui o pé está tanto tempo no pedal do acelerador como no pedal de distorção (pedal wah-wah, para os críticos de Kirk Hammett).
O equilíbrio entre brutalidade (perdoem-me, mas não há outra palavra que possa utilizar) é uma constante em Mastermind. Mas o peso não é apenas sonoro, como alguns continuam a pensar, mas também lírico. Se o tema "The Titan Who Cried Like A Baby" não é das coisas mais pesadas que o rock and roll já ouviu, tenho de rever o conceito. Ao tom já de si apocalíptico da voz e teclados, juntamos ainda versos como "you tap your confession on a cold, dead phone and you realize that God's a liar". Juntem a este disco o som quente do southern-rock, presente em temas como "Mastermind", e têm a receita para mais um grande álbum dos Monter Magnet.
Podem já não ser novidade para muita gente depois de uma carreira que conta com oito álbuns, mas no que toca a qualidade continuam bem no topo. No final de contas, Mastermind é mais um excelente cartão de visita para a carreira dos Monster Magnet.
André Beda
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