segunda-feira, janeiro 18, 2010

A Análise: Pitch Black - "Hate Division"

2009 trouxe consigo dois dos melhores álbuns de thrash-metal "à moda antiga" produzidos em terras lusas. Falo, evidentemente de Hate Division dos Pitch Black e Religion Blindness dos Prayers Of Sanity.
Depois da pedrada no charco que foi o álbum de estreia dos Switchtense, Hugo Andrade dá uma "perninha" no álbum dos Pitch Black ao dar a voz aos oito temas que compõem Hate Division, já que Pedro Gouveia tinha abandonado o projecto em 2006. "Uma perninha" neste acaso resume-se apenas ao simples sentido metafórico, mais uma vez Hugo Andrade mostra ser umas das melhores vozes do panorama heavy-metal nacional.
Álvaro Fernandes e Ricardo Martins apresentam um excelente trabalho ao nível das linhas de guitarra em Hate Division. Os riffs do novo trabalho dos Pitch Black parecem ser tão poderosos e rápidos que chegam a "abafar" o som da bateria em certos momentos no álbum. A culpa não será de Francisco Martins, que também aparece em excelente nível na bateria, mas certamente dever-se-á a um problema de mistura aquando da gravação do disco.
Apesar da base da sonoridade dos Pitch Black ser, essencialmente, o thrash feito na década de 80, a banda consegue dar uma nova roupagem ao velhinho som que nasceu na Bay Area de São Francisco bem à semelhança do que os históricos Testament e Exodus têm feito nos seus trabalhos mais recentes. O novo álbum da banda portuense apresenta um som, no mínimo, altamente destrutivo - o normal, portanto.
A banda encontra-se agora em tour para promover Hate Division [já com o seu novo vocalista Tiago Albernaz] até Março deste ano, com uma agenda algo preenchida - o que só vem provar o valor de uma das bandas de thrash mais acarinhadas pelo público nacional.

André Beda

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