Depois de ter sido violentamente criticado por Trent Reznor [o homem que o lançou] Marilyn Manson e os seus comparsas lançaram The High End Of Low, um regresso em grande para a banda norte-americana.Em 2009 Marilyn Manson, ou melhor Brian Hugh Warner - que é conhecido no mundo da música como o "Anticristo"-, regressou à boa forma.
2007 foi o ano de Eat Me, Drink Me, disco em que o músico perdeu a credebilidade e o sucesso angariado entre os anos 1996 e 2003 - período auspicioso com os álbuns Antichrist Superstar (1996), Mechanical Animals (1998), Holy Wood (In The Shadow Of The Valley Of Death) (2000) e The Golden Age Of Grotesque (2003) -, que lhe trouxeram o êxito mundial depois do despego a Trent Reznor dos Nine Inch Nails.
Marilyn Manson parecia estar fora do seu tempo para o público e imprensa, o que fez com que a tarefa de recuperar o sucesso fosse dificultada. A ânsia de voltar a ouvir músicas como "The Beautiful People", "The Dope Show", "I Don't Like The Drugs (But The Drugs Like Me)", "Rock Is Dead", "Disposable Teens", "The Nobodies" ou "This Is the New Shit" era muita e tudo indicava que tal não aconteceria.
Em Março do ano passado, "We're From America", o primeiro single do novo álbum de Manson, fora disponibilizado no seu site oficial e surgiram, desde logo, vozes a afirmar que os Marilyn Manson estavam de volta. Dois meses depois The High End Of Low - o álbum - saiu para o mercado e confirmaram-se tais prenúncios.
Apesar deste novo álbum ser muito menos industrial que discos anteriores, os Manson apresentam um (novo) rock muito próprio merecedor de atenção. O sétimo disco da sua carreira é mais "low" do que "high", permeado com algumas músicas poderosas ["Pretty As A Swastika", "Arma-Goddamn-Motherfuckin-Geddon", "Blank And White" e "We're From America"].
The High End Of Low é mais melódico do que possa parecer à primeira vista; num total de 15 músicas 7 são claramente mais "suaves". No entanto, não é este facto que faz deste trabalho um mau disco, muito pelo contrário, faixas como "Devour", "Leave A Scar", "Four Rusted Horses", "Running To The Edge Of The World" e "Into The Fire" mostram que a veia mais romântica e mais harmoniosa de Manson é capaz de criar um bom álbum, não limitando-se a lançar bombas industriais como outrora fez.
Com este álbum é difícil de antever cenários quanto às sonoridades futuras da banda mas este registo dá sinais positivos quanto à viragem musical dos Marilyn Manson, ao contrário da tentativa fracassada de Eat Me, Drink Me. Nota ainda para o regresso de Twiggy Ramirez.
Carlos Montês
Sem comentários:
Enviar um comentário