A Análise: Dapunksportif - "Electro Tube Riot"

"Os Dapunksportif deixaram de ser, para mim, uma promessa do rock português à muito. Estes rapazes de Peniche são, isso sim, um dos valores mais seguros do cenário nacional do rock actual.
Este segundo álbum vem provar que os Dapunksportif são uma banda que não gosta de fazer canções muito floreadas. Dapunksportif é sinónimo de rock puro e duro. Electro Tube Riot é um trabalho mais extenso do que Ready!Set!Go! e demonstrativo do que a banda portuguesa é capaz. As letras que no primeiro álbum chegavam a roçar o básico mas estão bastante melhores neste segundo trabalho e esta é a grande diferença entre os dois álbuns já lançados pela banda. Quanto ao resto continua tudo igual - e ainda bem.
É possível que cada vez mais se ouça falar nestes rapazes, pois eles estão claramente para ficar, e quem sabe, num cantinho da história da música nacional."

André Beda

"Os "Queen Of The Stone Age (QOTSA) portugueses" voltam a atacar! Passados dois anos, a banda de Peniche mostra, finalmente, como se faz um bom álbum em solo nacional. E digo "bom álbum" por uma simples razão: o primeiro, Ready!Set!Go!, mais parecia um EP de sete músicas do que um álbum - o que permitiu algumas dúvidas quanto ao poder da banda.

As duas "guitarras-rosto" do projecto, Paulo Franco e João Guincho, convidaram para este álbum nomes como: Marco Jung, Zé Carlos, Fred e Kalú (Xutos & Pontapés) para os acompanhar neste segundo trabalho da banda.

Electro Tube Riot tem 11 faixas eléctricas e nota-se uma evolução - afinal vasculhar em mais material dá para ter uma maior noção de que fibra são feitos os Dapunksportif.
Uma boa dose de riffs e solos musculados a que muitos poucos 'rockers' resistem.

Borracha, alcatrão e cerveja é a mistura ideal para uma banda que se mostra ao mundo como os "QOTSA portugueses", mas que se quer mostrar como os Dapunksportif de Portugal.
Para quem tinha dúvidas quanto à qualidade desta banda que as deite fora, Electro Tube Riot só confirma os Dapunksportif como uma das maiores bandas nacionais e com um potencial de exportação enorme."

Carlos Montês