Em 2007 os Dawrider apresentavam o seu álbum de estreia: Alpha Chapter, um disco de hard-rock a fazer lembrar o heavy-metal dos anos 70. No novo álbum, Two, a banda aparece com um sonoridade ainda mais inclinada para uns Black Sabbath, por exemplo. Em Two encontra-se um pouco de tudo: doom-metal, hard-rock, rock psicadélico e até algum sludge em faixas que podem ter de 4 a 12 minutos de duração. Se na estreia os Dawnrider surpreenderam pelo poderio que saía das cordas das suas guitarras em músicas como "Walking Blind", neste álbum não desiludem. No entanto há quem não tenha gostado do jeito arrastado de músicas como "Irinia" [cantada em português] e da nova roupagem dada a "Walking Blind" - que neste álbum aparece numa versão muito mais arrastada, embora mais curta do que em Alpha Chapter.
Quem já assistiu a um espectáculo dos Dawrider afirma, na maior parte das vezes ficar surpreendido com a qualidade técnica da banda. E não é para menos, uma vez que aqui estarão muito provavelmente alguns dos melhores instrumentalistas nacionais. Basta ouvir este álbum para perceber isso: só indivíduos com capacidades técnicas muito acima da média conseguem produzir um álbum que mistura estilos algo distintos como doom-metal e rock psicadélico sem que este pareça uma colectânea de músicas e não propriamente um álbum.
Posto isto, uma das banda que mais futuro terá dentro da cena hard-rock/heavy-metal nacional fez um dos melhores álbuns do ano. Se precisam de referências, Two é qualquer coisa que está entre Black Sabbath, Cathedral, Candlemass e até contém alguns pozinhos de Melvins. Épico.
André Beda
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