Provavelmente este é o disco mais internacional feito por um português em 2011. Frankie Chavez já encantava os fãs de música que todos os dias buscam por novidades - até numa editora com nome de telemóveis que começa por 93 e que tem prestado um grande serviço à música portuguesa -, mas só no ano passado é que os efeitos do seu gigante talento se fizeram notar, quando saiu o seu disco de estreia.Se em 2009 tinta escorria pelo one-man band Tigerman, dois anos depois chega-nos Frankie. Chavez - não confundir com o venezuelano - revela-se um bluesman na real assumpção da palavra e faz de Robert Johnson e Jimi Hendrix a sua espinha dorsal. As guitarras são as suas bíblias - sempre debaixo do braço. Uma das revelações da música portuguesa demonstra uma devoção à América profunda e ainda é capaz de surpreender, sem seguir os clichés do blues rock. Junta modernidade q.b., limpa os demónios e as histórias mal afamadas e junta um pouco de açúcar latino.
Carlos Montês
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