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O arranque de Unto The Locust é bom com "I Am Hell", um misto de brutalidade com melodias épicas e serenas. Aliás, esse acaba por ser o fio condutor do disco, que mistura eficazmente ataques violentos e secções melódicas e calmas. Robb Flynn é hoje um vocalista muito mais completo, também capaz de acompanhar estas secções mais calmas. De resto, "Locust" é um single eficaz, "This Is The End" é um enorme tema de metal e a parelha "Who We Are" e "Darkness Within" aparece num registo muito diferente daquilo que são os Machine Head, mas não deixam de ser agradáveis surpresas. As músicas são dinâmicas e o álbum é diverso, o que faz com que não seja minimamente penoso ouvi-lo, até para alguém que não seja propriamente apreciador dos Machine Head.
Para terminar, uma breve referência às vendas do disco - algo a que não damos muita importância por aqui, mas que neste caso importa referir. Unto The Locust vendeu 17.000 cópias na primeira semana, entrando directamente para o número 22 do top norte-americano, o lugar mais alto alguma vez atingido pela banda de Oakland. Tudo isto representa um aumento de vendas de mais de 20% em relação ao antecessor The Blackening, lançado quatro anos e meio antes de Unto The Locust. Refira-se ainda que nesses quatro anos e meio o mercado de vendas de discos encolheu 45%. Absolutamente brilhante.
André Beda
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