The Resistance foi um dos álbuns mais aguardados em 2009. Depois de em 2006 terem continuado a subir a escada do Olimpo, e de, em 2007, terem actuado no mítico Wembley Stadium, em Londres, aqui está o quinto álbum dos Muse.
Antes das gravações para este novo trabalho, Matthew Bellamy anunciou que os Muse iriam soar mais clássicos do que alguma vez foram e os fãs da banda tremeram. Depois do álbum lançado o que o vocalista da banda disse não passou de uma grande hipérbole. Já no ano passado, em Julho, foi lançado para download "United States Of Eurasia" com a instrumental "Collateral Damage" e muitos fãs assustaram-se e chegaram mesmo a odiar este novo álbum, o que em parte deve-se à má escolha da música para download. É certo que um álbum não é feito só com uma ou duas músicas mas também não é menos verdade que este álbum é mais um que acrescenta valor na carreira dos Muse. Nunca chegam a soar tão clássicos como pareciam dizer e esta música é uma das que mostram muito as influências dos Queen. A imprensa não teve duvidas quanto a este álbum e em uníssono aplaudiu The Resistance, um álbum épico e conceptual, à medida de Matthew Bellamy. Seguramente trunfos como a inovação, as orquestrações e o lado progressivo destes novos Muse foram peças fundamentais para que a imprensa musical não deixasse de parte este novo dos Muse. Afinal temos aqui grandes (e já obrigatórias) canções: "Uprising" - claramente a mais identificável com o material de álbuns anteriores; "Resistance" - uma nova abordagem à música dos Muse com Queen à cabeça; "Undisclosed Desires" - tendência do final da década, direcção: electrónica; "Guiding Light" - parece ser um lado B de "Starlight"; "Unnatural Selection" tem um início muito clássico mas rapidamente salta para o ambiente que os Muse viveram em álbuns anteriores e "MK Ultra" é Muse pré-The Resistance. Este novo disco foi um dos mais intermitentes em listas de melhores de 2009 por parte da imprensa musical - muito se deve ao facto dos Muse serem uma das grandes bandas da actualidade e pela procura incansável das revistas e jornais especializados em mais e nova música -, mas os ouvintes chegaram a tempo de o incluir nas suas listas. É claramente um dos melhores de 2009 apesar de alguns, muitos poucos, acharem o contrário. Mas não serão estes que impedirão o enorme sucesso da banda nesta nova década. Apesar da divisão entre os fãs e o público uma coisa parece ser certa: com tempo The Resistance irá afirmar-se como um dos melhores álbuns da carreira dos Muse. Carlos Montês
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