quarta-feira, fevereiro 04, 2009

A Análise: Metallica - "Death Magnetic"

"Death Magnetic marca um dos regressos ao passado mais esperados de 2008. Depois de na década de 90 terem desiludido os fãs da velha guarda com Load e Reload [que, mesmo assim, ainda tinham algumas grandes músicas] e de baterem bem no fundo com St. Anger. O antecessor deste Death Magnetic era considerado pela maioria do público como estando perigosamente próximo do inaudível.
Demoraram coisa de 15 anos a perceber que, apesar de quererem inovar, seriam adorados pelo mundo fora apenas pelos seus trabalhos pré-1991. Em 2006 começa-se a falar de novo álbum, que seria produzido não pelo habitual Bob Rock [que geralmente é considerado culpado pelo período mais negro da carreira discográfica dos Metallica] mas pelo consagrado Rick Rubin, conhecido por já ter trabalhado com os Slayer e com os System Of A Down por exemplo. Apesar de algum cepticismo inicial [Kerry King, dos Slayer, chegou a afirmar que não sabia como Rick Rubin iria pegar num navio afundado como os Metallica] o hype à volta do lançamento do álbum atingiu dimensões épicas.
O resultado é um álbum claramente com o pé no acelerador. James Hetfield e companhia mostram que a carreira dos Metallica está para durar mais alguns anos com um álbum rápido, pesado e com Kirk Hammett a ter, de novo, direito a "solar" [solos esses que foram erradamente excluídos de St. Anger].
Não tendo o estatuto de clássico na discografia da banda de São Francisco, Death Magnetic é o disco que há tantos anos os fãs esperavam - o elo perdido entre Master Of Puppets e ...And Justice For All."

André Beda

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