Os The National são hoje uma das forças do indie rock e do post punk que se revive neste novo século com mérito próprio e não doutrem. Se antes haviam dúvidas quanto ao seu potencial todas ficaram dissipadas com este quinto álbum da carreira dos norte-americanos.Foi a pulso que a banda viu crescer a sua base de fãs que a cada novo disco aumentavam mas, de facto, nunca convenceram o mainstream de um modo geral. High Violet é a resposta e o álbum certo na altura certa na carreira dos The National. A paixão começou lentamente em Alligator, de 2005, com Boxer, de 2007, de paixão tornou-se um culto e em 2010, três anos volvidos, a imprensa e o público ficam rendidos a um álbum e a uma banda em uníssono como há muito não se via, nem ouvia.E a razão não era para menos, naquele que é considerado, sem dúvidas, um dos melhores discos de 2010 temos uns The National maduros - clichés à parte -, donos e senhores de uma confiança extrema quando se apresentam num álbum em que é difícil decifrar quais as melhores músicas. A consistência é palavra maior em High Violet que apesar de mostrar uns The National taciturnos, como já é apanágio da banda, sempre mostram-se capazes de encontrar um brilho e esperança ao fundo de cada canção. Soluções para as tristes canções que sempre fizeram e raios de sol onde o negro é predominante. Emoção, encanto e beleza são três pontos cardeais neste registo com a voz de Matt Berninger, uma das mais cativantes e mais reconhecidas neste novo milénio, a tornar-se cada vez mais hipnotizante ao longo deste disco. Com uma excelência de interpretação dos instrumentos sem que a vaidade de tal proeza doa na alma, este é decididamente um disco viciante.
Carlos Montês
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