Como continuar o sucesso que foi Boys Keep Swinging de 2006, quatro anos depois? Apresentar um single também ele 'orelhudo', como é "Drynamill", com uma abordagem um pouco mais rock.Up With Lust é o regresso dos The Poppers, que em 2006 construíram hinos instantâneos como "Charlie Is A Sinner", "Mrs. 'A'" ou "Days Of Summer". Apesar de não tão directo ao coração como era o seu primeiro, neste segundo álbum a fórmula usada é a mesma, pop mais rock com uma boa dose de alegria, paixão e boa música. Mas só que desta vez o rock ganhou o braço-de-ferro à pop, e temos mais música directa ao corpo, casos de "Drynamill", "Ace Face Gang", "Bohemian Discipline", "God's In The News", "Blood Rivers From Her Nose"ou "Dogdom Blues".A perda de alguma pop - não de sensibilidade-, tão bem mostrada na estreia da banda, parece ter ditado parte do menor sucesso deste segundo disco, mas não deixamos de estar perante um grande álbum que faz ode a bandas tão bem saudadas no mundo da música como são os The Beatles, The Kinks ou Creedence Clearwater Revival. Isto, com um toque moderno que os tempos impõem e com aquele toque mod já conhecido da banda dos Olivais, é de olhar com bons olhos. Um caso sério e raro de rock português bem feito.
Segundo disco aqui não significa perca de nervo, de força ou de raiva, pelo contrário, os The Poppers mostraram que não vivem apenas naquela linha que separa o rock da pop. Apresentam aqui um álbum actual, cheio de referências intemporais, de fazer inveja a muitos indie-rockers que por aí navegam em top britânicos. A sua internacionalização é resultado disso mesmo, de um trabalho inegável na escrita e na produção musical, capazes de se confundirem no mesmo oceano dessas bandas que fazem o mesmo que eles. Só que aqui destacam-se pelo mérito de terem os pés bem assentes na terra - em Portugal, o que por si só não impedimento de nada, apenas torna as coisas mais naturais e menos artificiais que tanto se pede na música. É um luxo tê-los por cá de novo.
Carlos Montês
Segundo disco aqui não significa perca de nervo, de força ou de raiva, pelo contrário, os The Poppers mostraram que não vivem apenas naquela linha que separa o rock da pop. Apresentam aqui um álbum actual, cheio de referências intemporais, de fazer inveja a muitos indie-rockers que por aí navegam em top britânicos. A sua internacionalização é resultado disso mesmo, de um trabalho inegável na escrita e na produção musical, capazes de se confundirem no mesmo oceano dessas bandas que fazem o mesmo que eles. Só que aqui destacam-se pelo mérito de terem os pés bem assentes na terra - em Portugal, o que por si só não impedimento de nada, apenas torna as coisas mais naturais e menos artificiais que tanto se pede na música. É um luxo tê-los por cá de novo.
Carlos Montês
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