quarta-feira, dezembro 30, 2015

Colecção RA: Stone Temple Pilots - "Purple" (1994) & Velvet Revolver - "Contraband" (2004)

Novo ano e finalmente o programa que adiamos por uma semana devido às três emissões especiais dedicadas à nova música portuguesa que fecharam 2015! Colecção RA a abrir Janeiro de 2016 com a devida homenagem a Scott Weiland, falecido no passado dia 3 de Dezembro. Nas duas horas de emissão de Domingo voaremos por dois dos projectos onde Scott esteve presente. E, assim sendo, a partir das 22h do dia 3 de Janeiro, Ruído Alternativo com a audição na íntegra os álbuns Purple (1994) dos Stone Temple Pilots e Contraband (2004) dos Velvet Revolver.

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Na primeira hora pegamos na carreira dos Stone Temple Pilots, oriundos da Califórnia, e não da meca do grunge, a cidade fria de Seattle, e faremos um retrato desde o início da banda até aos dias de hoje. Em 1992, quando a banda de Scott Weiland lança o seu álbum de estreia, já o género que matou o glam tinha todos os holofotes em si. Core é mal recebido pela imprensa, que sempre lhe apontou o dedo como uma mera cópia a Pearl Jam, mas, todavia, o público não foi na conversa e levou a estreia do quarteto, composto ainda pelos irmãos Robert e Dean DeLeo, e por Eric Kretz, até ao número três da Billboard, arrecadando ainda um Grammy com o icónico tema "Plush" na categoria Best Hard Rock Performance. Dois anos mais tarde a banda atira-se para o segundo disco, Purple, e a história começa a ser diferente. A imprensa recebe-o melhor e veem-se uns Stone Temple Pilots a crescer e a procurar novos caminhos - estavam, assim, reunidas as condições para a aclamação de ambas as partes da equação: o público e a imprensa. Número um na Billboard (com "Vasoline" e "Interstate Love Song" a fazerem o mesmo nas tabelas de singles norte-americana) e a imprensa colocar o disco em diversas listas de melhores de 1994, entre os melhores da década e em várias listas dedicadas aos melhores álbuns de hard rock de sempre. O caminho trilhado pela banda era o certeiro, mesmo tendo à sua frente Scott Weiland, figura que trouxe para si uma imagem oposta às das figuras do grunge da época: maquilhava-se e mudava constantemente de imagem, trazendo um apelo sexual nada comum entre os seus pares. Fora sempre olhado de lado, mas a sua história com drogas e prisões "atestou" a sua virilidade, assemelhando-se a outras histórias do rock, tendo dessa forma escrito também o seu próprio fim. Na primeira hora do Ruído Alternativo recordaremos toda a história dos Stone Temple Pilots, com um grande foco no álbum Purple, o qual escutaremos na íntegra.
CM

Stone Temple Pilots
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Na segunda parte, ficamos com a estreia em disco do supergrupo Velvet Revolver. O processo até chegar a Contraband e, principalmente, até encontrar o vocalista certo não foi simples. Depois de muitas audições, Slash e companhia acabaram por achar que quem ficava melhor entregue ao microfone era um sujeito que não tinha chegado a fazer qualquer teste: Scott Weiland. O talento do mesmo era inegável e certamente que a imagem de rockstar construída ao longo dos anos de Stone Temple Pilots também não foi indiferente aos restantes Velvet Revolver. A música surgiu rapidamente e, pouco tempo depois de Weiland se juntar ao grupo, já havia um Contraband pronto a chegar às lojas. É na tour de promoção a este disco que surgem os velhos fantasmas da dependência, que afectaram tanto o vocalista como a restante banda. O ambiente entre Weiland e os restantes músicos foi-se deteriorando ao longo dos anos seguintes, algo que viria a ditar o fim dos Velvet Revolver em 2008. Certo é que Contraband é um disco que fica para  história como um dos melhores registos hard rock para massas do novo milénio e que escutaremos na segunda parte da próxima emissão do Ruído Alternativo, em modo Colecção RA. 
AB

Velvet Revolver

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