sábado, julho 22, 2017

Antevisão/Destaques: Programa 338

Domingo antecipamos a Colecção RA, habitual rubrica de final de mês aqui no Ruído Alternativo, para abrir espaço a uma emissão especial que fechará esta temporada. Mais dois discos a juntar à colecção por motivos bem distintos: na primeira parte celebramos os 15 anos de Turn On The Bright Lights, o álbum de estreia dos Interpol, de 2002, e na segunda parte homenageamos o malogrado Chester Bennington com Hybrid Theory, de 2000, dos Linkin Park.

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(2002) Interpol - Turn On The Bright Lights


Formados em 1997, os Interpol demoraram cinco anos até se apresentarem ao mundo com um primeiro longa-duração. Cedo tiveram boas casas quando subiam aos palcos, mas o seu som até foi tendo mais repercussão no Reino Unido do que na sua terra natal, os Estados Unidos da América. No início de 2002 a Matador Records assinou com os nova-iorquinos e em Junho o grupo lançou um EP, em homónimo, sendo que dois meses depois o álbum de estreia, Turn On The Bright Lights, estava nas lojas. O sucesso que os Interpol tinham no Reino Unido, um pouco mais expansivo do que nos E.U.A., era desde logo compreensível: a banda tinha pegado nas referências britânicas da década de 80, como Joy Division ou The Chameleons, e juntou-lhes o seu próprio cunho: com mais produção, mais teatralidade e um je ne sais quoi mais luxuoso; e muitos poucos, muito poucos mesmo, foram aqueles que não gostaram deste revivalismo do post-punk como marcaria a primeira década do século XXI. E a juntar aos enormes aplausos que a estreia dos Interpol teve - cujo o sucesso comercial só teria consequências ao segundo disco -, a banda trouxe ainda à baila uma nova imagem para uma Nova Iorque que renascia do 11 de Setembro de 2001, ajudava a catapultar mais uma nova cena na cidade que não dorme, fazia parte do novo indie rock que chegava ao mainstream, ao lado dos The Strokes e outros grupos, e ainda transformaram-se numa referência para muitas bandas deste novo milénio. Ian Curtis certamente que ficaria orgulhoso com o legado que deixou - oiça-se "Obstacle 1", "NYC", "PDA" ou "Say Hello To The Angels". E já passam 15 anos.

CM

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(2000) Linkin Park - Hybrid Theory

Aquando da morte de Chris Cornell, Chester Bennington foi das figuras mais ouvidas e devastadas com o desaparecimento do frontman dos Soundgarden, tendo cantado e discursado emocionalmente no seu funeral. Estávamos longe de imaginar que passados pouco mais de dois meses iríamos estar aqui a falar da morte do próprio Bennington, um suicídio em tudo semelhante ao de Cornell e no dia em que este último faria 53 anos. Como Cornell, também Chester Bennington deixa um legado com um dos símbolos de uma certa geração - aquela que se seguiu à que idolatrou Chris Cornell e a geração grunge. Goste-se ou não - e não é por acaso que os Linkin Park só chegam ao Ruído Alternativo passados quase 9 anos de emissões - a verdade é que a banda californiana foi responsável, pelo menos até determinado momento, por manter as guitarras e o rock nos ouvidos das massas. Os que ainda não se tinham deixado seduzir pelos sons de Rage Against The Machine, Korn ou Limp Bizkit, encontravam em Hybrid Theory o derradeiro casamento entre hip hop e rock pesado. Agora sim, era possível ver miúdos das duas facções juntos em concertos dos Linkin Park. As letras, que carregavam como nunca angustias próprias da juventude, era a ponte final entre a banda e o seu público. Um disco para ouvir e entender melhor na próxima emissão,

AB

Ruído AlternativoDomingo22h-24h na Tejo FM (emissão online aqui).

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