Não poderíamos falar de 2009 no que toca ao rock e sonoridades similares sem referir o regresso dos Rammstein aos discos. Liebe Ist Für Alle Da chegou ás lojas cerca de 4 anos após o seu antecessor e desde logo se assumiu como um dos mais bem sucedidos regressos aos discos no ano que passou.
Em 2005 saía para o mercado Rosenrot, apenas um ano após o seu antecessor, Reise, Reise, numa clara tentativa de apanhar o balanço causado por este. A estratégia até poderia ser boa, mas a verdade é que saiu furada à banda de Till Lindermann e companhia que viu Rosenrot passar muito mais despercebido que o seu antecessor que, recorde-se, continha os polémicos e bem sucedidos singles "Amerika" e "Mein Teil". Após Rosenrot os Rammstein fizeram uma pausa e, consequentemente, o seu sucessor demorou mais algum tempo a sair. A resultante deste facto não poderia ser melhor: Liebe Ist Für Alle Da caiu que nem uma bomba nos mercados internacionais.
O sucesso do novo disco da banda alemã pode ser atribuído a diversos factores. Desde logo ao facto de Rammstein ser sinónimo de polémica e controvérsia. A banda continua a ser censurada em concertos pelo mundo fora, nas cadeias internacionais de venda de discos e de outras tantas formas. De forma a justificar o estatuto de uma das bandas mais polémicas do mundo, os Rammstein estrearam o videoclip do single "Pussy" num site pornográfico - afinal nenhum local seria mais apropriado para apresentar um videoclip com imagens dos elementos da banda em pleno acto sexual.
Não sejamos hipócritas: a controvérsia e a polémica vendem discos. É um facto irrefutável. Mas Liebe Is Für Alle Da tem vida para além da polémica. Não será de todo o que de melhor os Rammstein fizeram até hoje, mas é impossível ouvir este disco sem abanar a cabeça. Músicas como o tema que dá nome ao álbum, "Waidmanns Heil", "Rammlied" ou "Wiener Blut" estão, seguramente entre o lote de músicas mais pesadas algumas vez compostas pelos Rammstein. Como António Freitas um dia disse a propósito deste disco: "está uma grande malha, vale a pena ouvir!".
André Beda
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