sábado, abril 23, 2016

Antevisão/Destaques: Programa 278

Domingo à noite temos dois clássicos para ouvir onde os contrastes são grandes. Na primeira hora temos a pop rock dos Beatles, fenómeno mundial que viu os seus primeiros passos serem acompanhados por George Martin, e na segunda parte o metal de uma das bandas que se viria a tornar-se num fenómeno do género ultrapassando, em muito, a fronteira underground em que estava circunscrito - um género que a cada ano ficava mais agressivo, complexo e pesado. Teremos assim para conhecer e ouvir Please Please Me de 1963 dos The Beatles e Ride The Lightning de 1984 dos Metallica. Ruído Alternativo a recordar os clássicos do universo rock.

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(1963) The Beatles - Please Please Me

Please Please Me de 1963 é o primeiro longa-duração dos Beatles a conquistar o mundo. Não há dúvidas de que a grande parte do manual de instruções foi construída pelo grupo que a partir deste capítulo começou a aumentar a complexidade da sua música pintada a pop mas com o rock como doutrina. Este álbum conquistou o topo da tabela por 30 semanas até à chegada do... segundo disco dos Beatles, oito meses mais tarde. Um fenómeno! Gravado num só dia e numas incríveis 12 horas e 45 minutos, este trabalho é tido como um documento histórico na indústria musical que se começava também a adaptar. Um disco quase perfeito à época, mesmo com um Lennon engripado, e que ditou muitas das regras para a feitura da música. Já o "quinto Beatle", George Martin, que homenageamos nesta emissão, é um dos inventores do som do quarteto. É o primeiro a oferece-lhes um contracto e dar-lhes as instruções para o sucesso: o tema "Please Please Me", por exemplo, torna-se no primeiro número 1 dos Beatles em que Martin pediu mais rapidez na execução. Falaremos mais vezes dos Beatles, da sua enorme importância e muitas palavras e ideias se repetirão, mas neste programa ficaremos apenas pelos primeiros passos e anos de vida de uma jovem banda que tomou o mundo de assalto.

CM

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(1984) Metallica - Ride The Lightning

Em 1984, não era fácil ser um membro dos Metallica. Os músicos só tinham uma refeição por dia e dormiam em casas de amigos e conhecidos, por caridade. James Hetfield não se sentia seguro a cantar e o grupo tenta convencer John Bush a entrar - pedido recusado pelo vocalista que passaria mais tarde pelos Anthrax porque, surpreendentemente, os Armored Saint iam bem melhor que os Metallica na época. O grupo entra em estúdio sem Bush e apenas com alguns esqueletos de músicas. É aí que surge o génio de Cliff Burton, que pouco havia contribuído em Kill Em All (1983) e que era o único membro da banda com formação musical. O resultado é um disco radicalmente diferente do seu antecessor, onde a complexidade das músicas cresce com a adição de ganchos melódicos e introduções acústicas. Surgem aqui referências literárias como Ernest Emingway e HP Lovecraft que tentam afastar a imagem de banda de rufias dos Metallica. Só foi dado o devido valor a este disco anos mais tarde, com o crescimento da banda, mas é fácil perceber que é nele que começa o caminho dos Metallica rumo ao sucesso e aclamação.
AB


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Tudo isto, e muito mais, a não perder Domingo à noite na Tejo FMA partir das 22h nos 102.9 FM para ou Ribatejo ou para todo o mundo na emissão online em www.tejoradiojornal.pt.

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