É já amanhã que estamos de regresso às emissões de Colecção RA, que como sempre fecham o mês de emissões. Para este programa trazemos dois discos de 1991 que na semana passada lançaram versões comemorativas do 25º aniversário. Out Of Time dos R.E.M. e Badmotorfinger dos Soundgarden para ouvir em emissão, recordando o incrível ano de 1991 no Ruído Alternativo.
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(1991) R.E.M. - Out Of Time
Três Grammys, e mais umas tantas nomeações que lhes valeu o título de banda mais nomeada para os prémos máximos da indústria musical em 1992, mais de 18 milhões de cópias em todo o mundo e números um em quase todo o mundo (com destaque para os Estados Unidos da América e Reino Unido). Estes são alguns dos dados do sétimos disco de originais dos norte-americanos formados em 1980 por Michael Stipe, Peter Buck, Mike Mills e Bill Berry. Out Of Time (1991) é o primeiro tiro dos R.E.M. com repercussões mundiais, um grupo à beira do estrelato após um sucesso gradual a cada novo disco. É aqui está a altamente rodada "Losing My Religion" (um sucesso inesperado pela sua música pouco habitual), mas também a importante "Shiny Happy People". O rock alternativo dos R.E.M., à época, já ultrapassava as barreiras comuns e procurava novas saídas com uma lista de instrumentos pouco usuais: bandolim, órgão, congas, cordas, saxofone, escaleta ou até o cravo. E fica ainda no patamar da imaginação o sucesso que conseguiriam se entrassem em tour para o promover este disco, algo que nunca aconteceu. Um dos grandes rock passa amanhã por aqui...
CM
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Chegados a 1991, os Soungarden mal sabiam que o seu primeiro trabalho com o baixista Ben Shepard ficaria ensanduichado na história entre Nervermind e Ten. Ainda assim, as vendas até foram positivas num ano que rebentou pelas costuras em número de lançamentos importantes de rock alternativo e de muitas outras áreas. Badmotorfinger é até bastante elogiado no campo da lírica, onde eram há altura considerados diferentes das outras bandas pesadas, que caíam demasiado no cliché da bebida, carros e miúdas. Sónicamente, segue as pisadas do seu antecessor, Louder Than Love (1989), embora a adição de Shepard traga o trunfo de um som bem mais consistente e apelativo ás massas. De resto, é riff brilhante em cima de riff brilhante para um completo murro no estômago do ouvinte. Há ainda que adicionar a liberdade criativa que sempre caracterizou a banda para o quadro ficar completo: é que os Soundgarden não se contentam com o tradicional compasso 4x4. Em Badmotorfinger há de tudo: singles em 7x4 e até 19x8 (!?) - não havia editora major que os parasse. Feitas as contas no final, até valeu a pena Cornell, Thayil, Cameron e Shepard ficarem na sombra dos Nirvana e Pearl Jam. O seu disco seguinte, Superunknown (1994), estreou em número um nos Estados Unidos e projectou definitivamente os Soundgarden. 25 anos depois, chegam as reedições comemorativas carregadas de extras, uma das quais que se expande por sete discos! Tudo para ficar a conhecer amanhã à noite.
AB
Ruído Alternativo: Domingo, 22h-24h na Tejo FM (emissão online aqui).
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