Outubro, Outono, Halloween, Dia das Bruxas, Dia de Todos os Santos, Bob Dylan Nobel da Literatura e Moonspell a comemorar os 20 anos de uma obra que os pôs no mapa europeu da música. Este Domingo temos dois discos para ouvir, para conhecer um pouco mais sobre eles basta deslizar o rato para baixo.
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(1965) Bob Dylan - Highway 61 Revisited
Em 1965 Bob Dylan estava esgotado. Tinha acabado de editar Bringing It All Back Home, com um lado do vinil mais eléctrico, mas uma tour britânica esgotou-o. Passou essa insatisfação para um texto com 20 páginas e depois de reduzido para uma canção que mais tarde se chamaria "Like A Rolling Stone", o músico apresenta-se ao vivo com um set mais eléctrico como nunca antes fez. O público não gostou mas Bob insistiu e com Bob Johnston atira-se para a música eléctrica e rock sem esquecer a folk - Johnston foi só um dos produtores que esteve ao lado de gigantes como Leonard Cohen ou Johnny Cash. Como banda de apoio Dylan arranja músicos rock, ligados a Elvis Presley e a outras bandas, e assim nasce Highway 61 Revisited: uma das obras mais importantes de Dylan, a primeira totalmente eléctrica e rock e que mudou a sua imagem de cantor folk para super-estrela mundial. A lírica continuava afiada, política, social, filosófica e com referências históricas ou bíblicas, que após 51 anos de escrita lhe valeu um nobel. Aqui, aos 24 anos, fez um disco que mudou a sua carreira e o mundo.
CM
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Mil novecentos e noventa e seis: um ano fulcral na cronologia dos Moonspell. Com raízes que remontam a 1989 sob o nome Morbid God, tendo mudado para a designação actual em 1992, as coisas até começaram por correr bem. O EP Under The Moonspell foi razão suficiente para a Century Media Records assinar com o grupo da Brandoa um contrato válido para seis álbuns. O primeiro dos quais, Wolfheart de 1995, apesar de hoje ser considerado um clássico, foi um fracasso comercial mas a tour de promoção pela Europa serviu para criar um público. Irreligious, por outro lado, começou por vender bem dentro de portas e deu dimensão ao grupo dentro do panorama do metal europeu. A atmosfera gótica, bem patente no registo, serviu para os aproximar das massas, sem que tenham renunciado a algo que sempre os caracterizou: as referências à cultura e mitologia lusitana são uma constante, bem como os versos cantados na língua de Camões, que continuaram a fazer parte da componente lírica. Não é à toa que "Opium" e "Full Moon Madness" são dos temas mais aclamados dos Moonspell, mesmo quando apresentados a audiências com nenhum contacto com a língua portuguesa. A partir daqui, a semente foi lançada e a banda tornou-se numa das maiores divulgadoras da cultura nacional fora de portas. Um disco deveras importante para o metal nacional e europeu para ouvir amanhã no Ruído Alternativo.
AB
Ruído Alternativo: Domingo, 22h-24h na Tejo FM.
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