A 4 de Abril de 1994 era lançado o segundo e último álbum de originais [até à data] dos norte-americanos Codeine.Quando passam 18 anos sobre o lançamento deste disco, o mais importante do género Slowcore, o Ruído Alternativo revisita e homenageia este trabalho do trio.
É hoje, dia 15 de Abril, que reactivamos a rubrica "Álbum Revisitado". A equipa do Ruído Alternativo ponderou, fez um pesquisa intensa, e chegou à conclusão de que faltam mais seis géneros do universo rock que importam destacar nesta rubrica e que ficará assim completa com os géneros (e subgéneros) mais importantes do rock que se juntam ao nosso pequeno 'dicionário' rock - com um total de 30 (sub)géneros.Hoje, e durante as próximas duas horas, viajamos pelo slowcore (ou sadcore, como também é conhecido). Este género é produto de uma série de bandas que produziram álbuns no final dos anos 80 e, principalmente, nos anos 90, e que surgiram com um letras depressivas, melodias lentas, tempos espaçados, atenção ao ambiente sonoro, escalas menores, arranjos minimalistas e experimentais, ênfase na bateria vagarosa e com muitos apontamentos pop e alguns dos shoegaze. O slowcore é consequência da rebeldia e energia predominante do grunge da altura e uma oposição ao próprio hardcore.Tendo como referências muita da folk underground, a imagem e o som dos Joy Division ou dos The Cure, o slowcore tem como os seus primeiros intérpretes algumas das bandas tidas como indie rock do final dos anos 80. Muitas bandas tornaram possível o desenvolvimento deste género, que nunca teve uma popularidade muito grande, em facto devido à má aceitação da imprensa norte-americana que, na sua grande maioria, rejeitou este som quase "sonolento". No entanto teve uma grande aceitação no Reino Unido. Estas ilhas foram importantes para o combustível que permitiu o sucesso comedido do slowcore - as bandas norte-americanas e britânicas que se faziam ouvir no género foram, desde sempre, muito bem aceites no país de sua majestade. Destacam-se como pioneiros do slowcore os Talk Talk e os Slint e, principalmente, os American Music Club e os Galaxie 500.Em 1994, o ano deste género, os norte-americanos Codeine lançam o seu segundo disco de originais, depois de uma bem sucedida estreia em 1990 com Frigid Stars. The White Birch foi aposta da editora Sub Pop - mais conhecida pela sua dedicação ao grunge -, que fez da banda porta-estandarte do género (ao lado dos Low, Bedhead, Red House Painters, Mazzy Star, Arab Strap ou Cat Power). Este é considerado o melhor trabalho do trio John Engle, Stephen Immerwahr e Doug Scharin, e trouxe à baila singles como "Tom", "Ides" e "Loss Leader". Para além do legado existir, hoje, nalgumas das bandas que iremos referir no programa, o indie rock, tal como o conhecemos hoje, e emo devem muito a este género alternativo da própria música alternativa.
Destacado:
Destacado:
- "Smoking Room";
- "Wird Feat David Grubbs";
- "Ides";
- "Loss Leader";
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