Three Imaginary Boys faz por estes dias 40 anos. O álbum de estreia de uma das mais importantes bandas de rock saídas do Reino Unido pode não ser o primeiro que nos vem à cabeça quando falamos nos Cure, mas é um registo singular. O grupo começou oficialmente em 1976, mas, nos anos antes, já haviam sinais de que uma nova banda estava para nascer. Começaram como Malice; viraram Easy Cure; praticavam um punk guiado por Buzzcocks ou Beatles; viraram as atenções para o post-punk; e, entre várias mexidas de membros na formação, só estabilizaram - nesta época - quando Robert Smith assumiu a posição de vocalista (a juntar à de guitarrista) e quando viram um trio composto ainda por Michael Dempsey no baixo e Lol Tolhurst na bateria. Killing An Arab, o seu primeiro single de 1978, fora rejeitado pela sua primeira editora, mas é a Polydor (através da Fiction) que põe finalmente a música da banda na rua. Resultado: sucesso e controvérsia em doses suficientes para que os Cure fossem falados. Three Imaginary Boys, que saiu alguns meses mais tarde, não gozou da mesma popularidade, mas recebeu por parte da crítica os aplausos e as palavras certas para se perceber que estávamos perante um som diferente (e refrescante) que mostrava espírito post-punk de então. É certo que nos anos '80 dos Cure foram gigantes, mas é aqui que está a base de tudo. E não há como escapar a temas como "Accuracy", "10:15 Saturday Night", "Grinding Halt" ou "Fire In Cairo".
CM
Sejamos sinceros, o álbum de estreia dos Santana está destinado a ser um sucesso. A 16 de Agosto de 1969 o grupo deu um concerto épico, num festival épico, onde mais de 400 000 pessoas deram corpo à maior celebração da contra-cultura hippie: o Woodstock. Tocando ao início da tarde, inseridos num cartaz recheado de nomes gigante da cena musical, os Santana conseguiram sobressair. Os ritmos africanos e a sensibilidade latina, que imprimiam no seu rock psicadélico, chamaram a atenção do público e, apenas 14 dias depois, chegava às lojas Santana - o tal álbum de estreia - para confirmar que as jams que ouviram ao vivo estavam também no disco. Guiado pela liberdade no momento da composição, o disco vendeu mais de dois milhões de cópias e as palavras pouco simpáticas dos críticos musicais pouca mossa fizeram na reputação da banda de Carlos Santana. Santana, este trabalho que comemora este ano meio século de vida, acabou por ser "apenas" um começo feliz de uma carreira que traria sucessos ainda maiores.
AB
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